segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DECADENCIA OU ELEGANCIA?


Decadência ou elegância? A certa altura da festa essas duas coisas se confundem. Efemeridade foi a ordem da noite, e aqui não é uma crítica a festa, mas sim ao ser, ao social. É estranho, mas há certos momentos que você meio que para no tempo enquanto todos se socializam, meio como se você tivesse invisível apenas vendo sem entrar de fato nos diálogos. VOYEUR.
Pergunto-mese tivesse no meio de tudo aquilo teria me sentido incomodado? Sim! Se tivesse apalpado os prazeres que a carne propiciava ali naquele espaço-instante? Não tive essas oportunidades. Por isso das roupas. Ao mesmo tempo em que há um desespero pelo visível me vejo absolutamente celofônico como o papel, translúcido, plasticamente presente, plasticamente vestido, plástico. Mas por vezes percebo que sou uma caricatura do que esta oculta em cada um, esse desespero por atenção não se da apenas em mim, percebo que se da em todos, a diferença é que me ridicularizo ao máximo numa paródia e afirmação de mim e do social que me cerca. O QUE É EFEMERIDADE? Nesta noite foi trocar um beijo mal dado e de má vontade por um gole de minha bebida e um cigarro, nada mal, já gastei mais por esse tipo de coisa. Não era apenas minha roupa que eradescartável queridos. Não há aqui nenhuma tentativa de salvação, não sou nenhum revolucionário e sou, mas não escrevo para julgar, escrevo para ser lido(principio básico da comunicação).Se você chegou até esta linha é por que conseguimos algo a mais do que um beijo mal dado, mas aqui também se da uma relação de troca ,e isso não é um mal, é um fato, você precisa ouvir e eu preciso ser ouvido.
Desculpa se você esperou por textos mais na linha MUST da ‘’exímia’’ TV DIÁRIO, mas se quando você olhou para setas desenhadas de batom no meu peito viu a clemencia por uma lambida em meu peito,o superficial aqui não sou eu. A embalagem tem de mostrar o melhor do produto.

Felipe Damasceno

2 comentários:

  1. Que maravilhoso seu post! Depois da festa cheguei em casa meio mal e precisei escrever em meu blog sobre (lê lá :), pra melhorar mesmo. Não sei se gosto dessa masturbação coletiva do meio de festas como um todo, meus hormônios adoram, mas eles se contradizem quando não são liberados e acabo racionalizando e vendo o efêmero da coisa. É bom e efêmero, mas e depois? Sobra o vazio que é prolongado até o próximo fútil pequeno prazer. E aí? Isso é bom ou ruim? Só me é estranho, realmente não sei definir (apesar de tentar e querer me resolver quanto).

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  2. efêmero.
    então...
    logo que que quero tudo sempre tanto e para sempre.
    o que há de nos preencher, amores?
    a mim não sei. então ando por aí, inventando distrações para os vazios serem um tempo de paz.
    beijos n'alma e no coração.
    e, claro: água!

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