terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pós Ocupa-se

Feliz. Foi difícil começar, parecia-me que o mundo todo conspirava para o não acontecimento da festa. Sem luz a mais de uma semana, é chegada a festa e a luz ainda não tinha retornado a Artelaria. Mas tudo rolou bem, quando os homens da COELCE chegaram tive uma vontade súbita de abraça-los.

Acho que nunca me senti tão bem no Ocupa-se, era uma alegria descomunal daquelas que você olha para a parede e da aquele sorriso bobo e ingênuo(não, eu não estava chapado!) conseguia falar com as pessoas, brincar com elas, e até briga. Senti que podia fazer qualquer coisa, e posso! De que nada poderia impedir-me de correr, de gritar, de dançar.Dancei como eu queria dançar, sem vergonha de que os outros dissessem que eu estava querendo aparecer, dancei sim, sem medo de voar, sem medo de abalar. Obviamente sempre há idiotas, mas a esse respeito já estou acostumado, e aprendi como lhe dar com eles.

Tudo ocorreu bem, apesar da chuva e do erro de data na publicação, apareceu um público considerável.


Felipe Damasceno.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DECADENCIA OU ELEGANCIA?


Decadência ou elegância? A certa altura da festa essas duas coisas se confundem. Efemeridade foi a ordem da noite, e aqui não é uma crítica a festa, mas sim ao ser, ao social. É estranho, mas há certos momentos que você meio que para no tempo enquanto todos se socializam, meio como se você tivesse invisível apenas vendo sem entrar de fato nos diálogos. VOYEUR.
Pergunto-mese tivesse no meio de tudo aquilo teria me sentido incomodado? Sim! Se tivesse apalpado os prazeres que a carne propiciava ali naquele espaço-instante? Não tive essas oportunidades. Por isso das roupas. Ao mesmo tempo em que há um desespero pelo visível me vejo absolutamente celofônico como o papel, translúcido, plasticamente presente, plasticamente vestido, plástico. Mas por vezes percebo que sou uma caricatura do que esta oculta em cada um, esse desespero por atenção não se da apenas em mim, percebo que se da em todos, a diferença é que me ridicularizo ao máximo numa paródia e afirmação de mim e do social que me cerca. O QUE É EFEMERIDADE? Nesta noite foi trocar um beijo mal dado e de má vontade por um gole de minha bebida e um cigarro, nada mal, já gastei mais por esse tipo de coisa. Não era apenas minha roupa que eradescartável queridos. Não há aqui nenhuma tentativa de salvação, não sou nenhum revolucionário e sou, mas não escrevo para julgar, escrevo para ser lido(principio básico da comunicação).Se você chegou até esta linha é por que conseguimos algo a mais do que um beijo mal dado, mas aqui também se da uma relação de troca ,e isso não é um mal, é um fato, você precisa ouvir e eu preciso ser ouvido.
Desculpa se você esperou por textos mais na linha MUST da ‘’exímia’’ TV DIÁRIO, mas se quando você olhou para setas desenhadas de batom no meu peito viu a clemencia por uma lambida em meu peito,o superficial aqui não sou eu. A embalagem tem de mostrar o melhor do produto.

Felipe Damasceno

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Decadence Avec Elegance


PROXIMA FESTA DA ARTELARIA.

Decadencia ou eleganci?qual dos dois voce se identifica mais?
descubra-se

vem nos descobrir

venha me descobrir.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Água,Verônicas,Rituais e Mozart

Foi realmente maravilhoso chegar na Artelaria e poder ligar a torneira e ter água, sei que parece cotidiano e comum, mas não foi o cotidiano da Artelaria há meses.Parecíamos, eu Liana e Dado, nordestinos fugidos do interior do Ceará que havíamos acabado de nos deparar com a praia, e foi bom sentir alegria por algo tão simples...essencial, mas simples .

Nesse Ocupa-se,o primeiro do ano, tivemos a ilustre presença de Verônica Valentino com sua banda ''Verônica Decide Morrer'', dirigida por Murilo Ramos a banda trazia um ar retrô, senti-me em um cabaré dos anos 20 ou 30,nunca fui bom com décadas, pouco iluminado só que cercado de pessoas dos anos 2000.

Tivemos a apresentação de Liana Cavalcante, que devido a impossibilidade de deixar o meu posto não pude acompanhar.Liana Cavalcante é atriz formada pelo Curso de Licenciatura em Teatro do IFET, bailarina do grupo CEM e integrante e dona do Teatro das Moiras,kkkk.Liana possui um pesquisa voltada para o ritual e sagrado, estudiosa,admiradora, fã, mulher e amante de Antonin Artaud,dramaturgo, poeta e ator,de onde oriunda toda a sua pesquisa.

Como era de se esperar quando menos se espera algo de inevitável,aos olhos daqueles que frequentam boates e ambientes absolutamente mortais e previsíveis,ocorre e foi o que denominei a uma menina que queria entrar,mas não estava ouvindo o batidão, de Momento Mozart.Ministrado por Igor Salgado,que recentemente me dera uma cópia do Vaso Azul de Cezánne pintado por ele,MORRA!, instaurou-se um clima de século XVI de fato esplêndido,kkkk.Estudante de Belas Artes e artista plástico,Igor nos agraciou com músicas leves e revigorantes(percebe a tentativa de escrita rebuscada?,kkkk),adoraria ver todos dançando minueto e outras danças de corte,que fino!.Passados alguns instantes voltamos aos adoráveis ataques epiléticos eletrônicos,rsrsr.


Silvia Moura?,foi pra rua !,começou com um banco e tal hora já estava no meio da avenida da Universidade executando seus clássicos jetés, grand battments e developpes seguidos de contrações e braços em "V",que é a cara dela, típicos de saudação solar, rsrsrs...enfim.Acompanhada por Paulo José,padedezaram e pararam a festa e eventualmente os carros também.De resto tudo ocorreu como de costume:pessoas bebendo, pessoas sorrindo, pessoas chorando(teve sim eu vi!), pessoas se agarrando, pessoas brincando, pessoas sofrendo com um salto que não tem hábito de usar, mas não desistem pois querem mais é dar closed, mas o mais importante,e sem sentimentalismo barato, é ver gente, gente viva se socializando, feliz vendo dança, se abraçando.O que me resta é ficar quieto observando forçando uma invisibilidade de presença quando a roupa grita,querendo ser vista.

O primerio Ocupa-se do ano e é bom saber que sou uma peça importante dessa empreitada de sobrevivência alternativa,de sobrevivência de um espaço(com água!,rsrsr),de um ideal.É bom estar na porta, na entrada, dentro.Até mais vê

Felipe Damasceno.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Não percam!!!Muitas atrações..Divulguem esta iniciativa

sábado, 8 de janeiro de 2011

por que?

Pode para muitos parecer apenas uma festa,e por vezes de fato so podemos oferecer a festa.Encontros,diversão e pausas para o que de fato viemos fazer no mundo... dançar,pois afinal de contas não é so pela bebida que todos vão para a Artelaria,mas para mexer o ossos e dar novo ar ao corpo e a alma.E isso é dancar,sim!,sem carga dramática,sem conceito, sem referencias de artistas plásticos ou cientistas portugueses,dançar é se mexer o corpo e o coração(ele ja movimenta-se voce querendo ou não!) mesmo sem toda essas coisas.

Felipe Damasceno.